sexta-feira, 27 de abril de 2012

Anistia Internacional denuncia discriminação contra muçulmanos na Europa


Esta matéria reproduzida abaixo é importante e merece e deve ser lida, mas fica aqui desde já a minha pergunta intrigante: E no Brasil?


Hoje eu fiquei sabendo de um caso estarrecedor! Irmã no Rio de Janeiro andava tranquilamente na rua quando recebeu uma bofetada no rosto de um homem, que rasgou o seu véu e a ofendeu com palavras, antes de sair correndo e sumir entre as ruas da região. E casos assim têm acontecido por aqui.

Mas ao contrário do que ocorre em outros lugares, aqui no Brasil o nosso problema é muito mais grave, porque não há reação, não há união, não há de fato um sentido de "comum-unidade".

Porque aqui estamos todos nós indefesos, cada um por si só, e todos contra todos, porque aqui o grande inimigo de fato do Islam não está fora, mas dentro, entre nós.

Enquanto afunda-se em fitnah, exclusão, racismo, preconceito, enquanto a corda é puxada de todos os lados até que se arrebente, casos como este que são crimes aumentam, e irmãos e irmãs são expostos a situações de vulnerabilidade, até quando?? Até quando??

Vamos ao artigo, enfim...



O relatório que a Anistia Internacional acaba de publicar sobre a discriminação da qual são objeto os muçulmanos na Europa é uma radiografia límpida de um processo de exclusão que se amplia com a influência crescente dos partidos de extrema-direita populistas que pululam no Velho Continente. A prova mais delirante dessa política é o famoso referendo organizado na Suíça em 2009 (foi aprovado por 57% dos votantes), mediante o qual se aprovou a proibição de construir novas mesquitas no país.

Paris - Chamar-se Ahmed, Muhhamad, Amel ou Fátima é como estar condenado. Discriminação para obter um trabalho ou moradia, desconfiança dos olhares nas lojas, reprovação em todos os níveis. O relatório que a Anistia Internacional acaba de publicar sobre a discriminação da qual são objeto os muçulmanos na Europa é uma radiografia límpida de um processo de exclusão que se amplia com a influência crescente dos partidos de extrema-direita populistas que pululam no Velho Continente. O relatório intitulado “Eleição e preconceito, as discriminações contra os muçulmanos na Europa” é o primeiro deste tipo por sua amplitude continental. 



O trabalho analisa a situação em países como a Espanha, Bélgica, França, Holanda e Suíça e tira uma conclusão imediata por cima das estatísticas discriminatórias: “os partidos políticos alimentam o medo ao Islã na Europa”, diz John Dalhuisen, diretor do programa Europa-Ásia Central na Anistia Internacional. A segunda conclusão radica em que as práticas discriminatórias motivadas pela pertinência cultural religiosa têm vigência “inclusive nos países onde a discriminação fundada sobre a religião ou as convicções é ilegal”. 


Esta exaustiva investigação de terreno demonstra como “os estereótipos ligados às práticas religiosas e culturais muçulmanas acarretaram a aparição de discriminações no mercado de trabalho e nas escolas contra as pessoas que trazem signos ou roupa associados ao Islã”. No concreto, uma mulher muçulmana hiper qualificada, com diplomas prestigiosos e um currículo ideal, não será contratada se usa um véu na cabeça. 

A Anistia cita numerosos casos. Um deles, o de Ahmed, um suíço natural da África do Norte que trabalhou durante 15 anos na mesma empresa. Segundo ele mesmo relata, nunca exibiu sua prática religiosa. Sempre foi discreto e jamais pediu folga em dias das festas muçulmanas. Quando deixou crescer a barba, seus colegas começaram a dizer que se parecia com Bin Laden. Seu destino ficou selado no momento que ingressou à empresa uma mulher que detestava os árabes e os muçulmanos. Apesar de uma folha de serviços excepcional, foi despedido sem motivo. 

Amel viveu uma situação inversa na França: não a despediram, mas não a contrataram porque levava um lenço na cabeça. Em pleno Século XXI, com sociedades impregnadas de multiculturalismo e mega conectadas mediante a informação e as redes, os árabes e os muçulmanos continuam despertando medo e repulsa, como se fossem de outra espécie. O relatório da Anistia dá conta de numerosos casos nos quais as pessoas perderam um trabalho por causa do lenço que cobre a cabeça ou qualquer outro signo “desgosta aos clientes” ou “estraga a imagem da empresa”. 

A incompreensão é imensa, tanto como a rude e suja campanha que a extrema direita europeia vem fazendo contra os muçulmanos, inclusive quando tem a nacionalidade do país no qual residem, porque são a segunda ou terceira geração e nasceram ali. A Anistia também questiona o princípio adotado na França em 2004 – ampliado depois a outros campos - e depois na Espanha, Bélgica, Suíça, Holanda e Turquia, que proíbe o uso de “signos religiosos distintivos” nas escolas públicas e nos lugares públicos. 

Essas “proibições” constituem para a ONG “discriminações contra os alunos muçulmanos, que não podem exercer o direito à liberdade de expressão, à liberdade religiosa ou à liberdade das convicções”. A caça ao muçulmano é global. A Anistia cita muitos exemplos. Um, na Espanha: uma adolescente muçulmana de 16 anos foi impedida de comparecer aos cursos do liceu público Pozuelo de Alarcón, nos arredores de Madri, porque levava o véu. Dois, na Holanda: uma escola católica da cidade de Volendam proibiu o uso do véu. Com essa medida se impediu que um aluno muçulmano seguisse os cursos. 

Neste contexto, a Anistia questiona o argumento francês que justifica essas medidas como meio de que se respeite a laicidade: “segundo o direito relativo aos direitos humanos, a laicidade não é um motivo legítimo para restringir a liberdade de expressão, a liberdade religiosa ou de convicção”. Cabe lembrar que sob o mandato do presidente Nicolas Sarkozy se proibiu igualmente o uso da “burka”, o véu integral. As milionárias das monarquias do Golfo que vinham fazer suas compras em Paris agora o fazem em Londres. A Bélgica também adotou uma medida similar. 

A perseguição se faz extensiva à construção ou implantação de lugares de culto muçulmano. A prova mais delirante dessa política é o famoso referendo organizado na Suíça em 2009 (foi aprovado por 57% dos votantes), mediante o qual se aprovou a proibição de construir novas mesquitas no país. Em toda a Confederação Helvética só existem quatro mesquitas. Nos demais países citados pelo relatório, ainda que não exista uma lei semelhante à suíça inscrita na Constituição, os muçulmanos têm grandes problemas para construir lugares de culto. 

Na conclusão do relatório, a Anistia Internacional formula uma série de recomendações aos poderes públicos. A ONG chama os governos da Europa a “atuar mais para combater os estereótipos negativos contra os muçulmanos, estereótipos que alimentam as discriminações”. Aqui fica exposta a responsabilidade dos dirigentes políticos cujas ideologias, em vez de apaziguar, sopram sobre as brasas. 

A Anistia lembra que “em vez de combater os preconceitos, os partidos e os responsáveis públicos vão seguidamente em direção dos preconceitos com a meta de esperar benefícios eleitorais”. Não precisa desenvolver nenhum extenso argumento para verificar a validade da recomendação. O partido de extrema direita francês Frente Nacional obteve quase 18% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais do dia 22 de abril. Seu principal recurso é o racismo global e seu inimigo central são os muçulmanos. Os benefícios do ódio, do medo, dos preconceitos e a propaganda política são perfeitamente quantificáveis. 

Tradução: Libório Junior




sábado, 21 de abril de 2012

Vou Levar (Para Sempre...)



Para sempre...

Para sempre, por todos os caminhos por onde eu ainda vou caminhar,
Por todos os lugares onde eu vou estar,
Em todo chão, em toda terra, por todos os cantos onde os meus pés ainda vão pisar

Eu vou levar

A minha fé, minha certeza, o meu olhar, e todos os ensinamentos e o conhecimento que até hoje me foi permitido provar.

Para sempre eu vou levar...

Todos os meus dias, vividos e concluídos, se teve sol, se teve chuva, isto não importa porque para sempre eu vou levar, sempre comigo, em minhas lembranças e em meu coração...

Minha bagagem, o meu carrinho de mão

Sabem muitas vezes eu teimosa que sou e pirracenta quis de fato determinar a direção do vento, a força de um momento, as curvas do caminho por onde eu ainda iria passar

Mas um dia eu acordei, e percebi que devemos sim construir e planejar, mas cabe somente a Allah determinar

Agora eu já sei decor esta lição, e não vou novamente patinar no mesmo lugar em vão, eu sei me entregar, de fato e de verdade ao Único que determina o destino de nossas estradas de vida e os passos do nosso caminhar, e é esta lição que eu vou praticar.

Eu agradeço a todos que muito me ensinaram, obrigada pelas lições aprendidas, pelas alegrias e ansiedades vividas, obrigada pelos abraços e por todos os laços que foram feitos, por tudo que foi providenciado, seja comida sorriso água mesmo ou apenas um olhar.

Eu agradeço sobretudo a Allah!

Mas a hora passa e chega um momento que de fato preciso seguir em frente sem olhar para trás, satisfeita que fico porque eu fiz o meu melhor, e sempre farei o meu melhor, e sei que dei o melhor de mim.

O vento acaricia o meu rosto e me diz que existem coisas a ser descobertas depois do lado de lá. Não sinto tristeza, me sinto quieta, finalmente em paz dentro de mim, pronta para realizar a grande viagem que, eu sei, vai começar...

É tempo finalmente de caminhar, eu vou viver minha vida e cuidar de mim porque ninguém vai fazer isto em meu lugar.

Eu sou uma muçulmana! Eu sigo o meu caminho de acordo com o que Allah determina, eu não tenho mais medo em meu peito, eu não tenho mais dor, eu tenho apenas a minha fé, e por isto tenho muito, eu temo somente a Allah!


Ash hadu an la Ilaha ila Allah, wa ash hadu ana Muhammadan rasulullah


Palavras douradas marcadas de forma permanente em meu coração... quando eu abri a janela e pela primeira vez na vida as disse, eu sabia, era sério, era de verdade, era minha alma declarando a sua verdade, era para sempre!

Para sempre...

E não há nada na Universo que tenha força suficiente para me afastar do Islam, para fazer eu deixar de ser uma muçulmana, nada e ninguém tem poder para fazer isto, somente Allah, e eu sei que Ele não quer isto porque foi Ele quem me fez ser uma muçulmana.


Contra todas as expectativas, Allah me fez muçulmana!

E no dia da minha morte, quem estiver perto de mim verá, que eu vou morrer muçulmana, e munaqaba, Insha Allah!

Mas agora chegou a hora em que eu devo agradecida por tudo, caminhar...

Allahu Akbar!

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Carta de Uma Jornalista Americana Para As Mulheres Muçulmanas



"Eles vão tentar seduzi-la com seus filmes excitantes e vídeos musicais, retratando falsamente as mulheres americanas como felizes e satisfeitas, orgulhosas de se vestirem como prostitutas, representadas sem famílias. A maioria de nós não está feliz, confie em mim. Milhões de nós está na medicação anti-depressiva, odiando os nossos empregos, e chorando a noite pelos homens que disseram que nos amavam, e avidamente nos usaram e se afastaram. Eles gostariam de destruir as famílias e convencer-nos a ter menos filhos. Eles fazem isso apresentando o casamento como uma forma de escravidão, a maternidade como uma maldição, e a modéstia e a pureza, como antiguadas. Eles querem que você barateie a si mesma e perca a fé.

As modas que saem do esgoto ocidental são concebidas para fazer você acreditar que seu bem mais valioso é sua sexualidade. Mas os seus lindos vestidos e véus são realmente mais sexies do que qualquer moda ocidental, porque eles escondem-na em mistério e mostram auto-respeito e confiança. A sexualidade de uma mulher deve ser protegida de olhos indignos, uma vez que deve ser o seu presente para o homem que ama e respeita o suficiente para casar com você. E desde que seus homens ainda são guerreiros viris, eles merecem nada menos do que o seu melhor. Nossos homens não querem mesmo mais pureza. Eles não reconhecem a pérola de grande valor, optando, ao invés, pelo strass chamativo. Só para deixá-la também! Seus bens mais valiosos são a sua beleza interior, a sua inocência, e tudo o que faz quem você é. Mas noto que algumas mulheres muçulmanas buscam o limite e tentam ser o mais ocidental possível, mesmo usando um véu (com exibição de alguns dos seus cabelos). Por que imitar as mulheres que já se arrependeram, ou em breve se arrependerão de sua virtude perdida? Não há nenhuma compensação por essa perda. Vocês são impecáveis diamantes. Não deixe que eles trapaceiem você para se tornar strass. Porque tudo que você vê nas revistas de moda e na televisão ocidental é uma mentira. É armadilha de Satanás. É ouro de tolo.

Vou deixá-la com um pequeno segredo, se você estiver curiosa: sexo pré-marital não é nada de tão especial. Demos os nossos corpos para os homens a quem éramos apaixonadas, acreditando que essa era a maneira de fazê-los nos amar e quererem casar, tal como crescemos assistindo na televisão crescendo. Mas, sem a segurança do casamento e a certeza de que ele vai sempre ficar com a gente, não é mesmo agradável!

Essa é a ironia. Foi apenas um desperdício, que nos deixa em lágrimas.

Falando de mulher para mulher, acredito que você já entendeu isso. Porque só uma mulher pode realmente entender o que está em outro coração de mulher. Nós realmente somos todas iguais. Nossa raça, religião ou nacionalidade, não importa. O coração da mulher é o mesmo em toda parte. Nós amamos. Isso é o que fazemos de melhor. Nós cuidamos de nossa família e damos conforto e força para os homens que amamos. Mas nós mulheres americanas fomos enganadas em acreditar que somos mais felizes com carreiras, nossas próprias casas para vivermos sozinhas, e liberdade para dar o nosso amor a quem nós escolhermos. Isso não é liberdade. E isso não é amor. Somente no porto seguro do casamento pode um coração e corpo de mulher serem seguros para o amor. Não se contente com nada menos. Não vale a pena. Você não vai mesmo gostar disso e você vai gostar de si mesma muito menos depois. E então, ele vai deixá-la...

O pecado nunca paga. Ele sempre engana você. Mesmo que eu tenha recuperado minha honra, ainda não há substituto para nunca ter sido desonrada em primeiro lugar. Nós, as mulheres ocidentais sofremos lavagem cerebral para pensar que vocês mulheres muçulmanas são oprimidas. Mas, na verdade, nós é que somos as oprimidas; escravas das modas que degradam-nos, obcecadas com o nosso peso, implorando pelo amor dos homens que se recusam a crescer. Bem lá no fundo, sabemos que fomos enganadas. Nós secretamente admiramos e invejamos você, embora algumas de nós não vamos admitir isso. Por favor, não olhe para nós ou pense que nós gostamos das coisas do jeito que são. Não é culpa nossa. A maioria de nós não teve pai para nos proteger quando éramos jovens, porque as nossas famílias têm sido destruídas. Você sabe quem está por trás dessa trama... Não se deixe enganar, minha irmã. Não deixe que eles te enganem também. Fique inocente e pura. Nós, mulheres cristãs precisamos ver o que a vida deve realmente ser para as mulheres. Precisamos de você para dar o exemplo para nós, porque estamos perdidas. Segure-se em sua pureza. Lembre-se: você não pode colocar a pasta de dente de volta no tubo. Por isso, guarde o seu "creme dental" com cuidado!

Eu espero que você receba este conselho no espírito em que se destina: o espírito de amizade, respeito e admiração.

De sua irmã cristã "Com Amor""

Joanna Francis é uma escritora e jornalista americana.

Eu copiei esta carta de um post da página TEMPO DE ACORDAR no Facebook.

Fui verificar a fonte e de fato é verídica, Joanna Francis é uma escritora e jornalista americana que de fato publicou esta carta, não que eu duvidasse da página do Facebook, mas com tantas notícias e matérias desencontradas por aí nesta sopa devidamente homogeinizada e direcionada sem nenhuma ética que é a imprensa ocidental, sempre é bom se precaver porque a própria página poderia ter sido enganada.

É de fato um belo texto, um alerta e um recado.

De minha parte, eu digo que a observância do "hijab" ou seja, da vestimenta islâmica feminina, é de fato algo profundo e importante, porque não vestimos a roupa tão somente, vestimos um modo de vida, uma maneira de pensar e agir, vestimos com nossas roupas a nossa religião, o nosso proceder, o Islam como um todo.

Costumo observar que principalmente nós mulheres do Islam sempre estamos representando a nossa religião. Pelo fato de que nossas vestimentas são muito mais marcantes do que as vestimentas masculinas, sempre estamos representando o Islam quando sociabilizamos, quando saímos na rua, quando estamos trabalhando, fazendo compras, passeando em nossos momentos de lazer, em tudo, todo o tempo.

isto significa também uma responsabilidade, e acima de tudo mostra que de fato não é simplesmente uma roupa, seu significado interior e exterior é muito mais profundo e complexo do que isto.

Pensando em tudo isto eu digo que observar o "hijab", ou seja, o modo de vestir islâmico, é sim sinal de modéstia, de recato, de fé, é sim a distinção enquanto mulher religiosa, mas é também RESISTÊNCIA, resistência à invasão brutal, à tentativa de objetificação, à tentativa de exploração e usufruto não autorizado, à tentativa de enquadramento no rebanho ordenhado e mastigado como objeto de consumo e fonte de "proteína" animal.

Observar o hijab é sim um ato social, político, e ideológico, é também persistência, e motivo de orgulho.

Salam!